Seleção Sub-20 decepciona e sem vitórias é eliminada do Pan-Americano

A seleção brasileira Sub-20 não repetiu as boas campanhas do Mundial e do Sul-Americano da categoria e após ser derrotada pela Costa Rica por 3 a 1, foi eliminada ainda na primeira fase do Pan-Americano de Guadalajara, sem conseguir nenhuma vitória.

Antes da derrota para a Costa Rica, o Brasil havia empatado em 1 a 1 com a Argentina e 0 a 0 com Cuba.

O Brasil convocado para a competição das Américas foi bastante diferente do que foi campeão nos dois campeonatos anteriores. Para não prejudicar a disputa do Campeonato Brasileiro e também testar novas possibilidades, Ney Franco optou por não chamar jogadores que disputam efetivamente a Série A ou que atuam no exterior.

Com isso a seleção perdeu muitos nomes importantes: Oscar e Juan, do Inter, Casemiro, do São Paulo, Coutinho, da Inter de Milão, Alan Patrick e Danilo, do Santos, Gabriel Silva, do Palmeiras, Allan, do Vasco e alguns outros.

Isso sem falar em várias segundas opções, como Roberto Firmino, do Hoffenheim, Wellington, do São Paulo, entre outros.

O Brasil foi um time quase “D” para o Pan-Americano. Totalmente diferente do que disputou o Mundial, que já jogou desfalcado de Neymar e Lucas.

O resultado foi uma equipe com baixa média de idade (18,8 anos) e praticamente sem experiência e entrosamento.

No começo da competição, encarando uma Argentina bem mais forte e próxima da que foi eliminada por Portugal no Mundial, o Brasil não se saiu tão mal. Os hermanos eram favoritos e com um gol de Henrique a seleção brasileira arrancou um empate.

O problema começa no jogo seguinte. O Brasil tinha a obrigação de vencer Cuba e o empate sem gols mostrou uma seleção muito ineficiente e sem criação no meio-campo.

Contra a Costa Rica foi humilhação. A zaga falhou, o juiz atrapalhou e nada deu certo, 3 a 1, Brasil eliminado e Costa Rica pronta para ser eliminada pelo México na próxima fase.

A eliminação foi justa, mas dava pra esperar muito mais desse time. Felipe Anderson, Lucas Zen, Henrique Miranda, Lucas Patinho… são só alguns nomes que jogam muito mais do que o futebol apresentado durante o Pan-Americano.

Se dá pra tirar algo de bom: Cidinho foi bem quando entrou, Misael, o mais jovem, também não esteve mal o tempo todo, mas também joga mais do que o que foi visto. César foi bem seguro, cometeu apenas uma falha e foi no segundo gol da Costa Rica, fora isso foi bem, tem futuro.

O saldo de Ney Franco ainda é bom.

Com o time A foi campeão sul-americano. Com o time B foi campeão mundial, mas com o C, quase D, acabou falhando, mas também não era uma competição da categoria, o que custou a boa campanha talvez tenha sido a falta de interesse.

Sobre Gabriel Fuhrmann

Jornalista e radialista, trabalhou por três anos como produtor na Rádio Jovem Pan e na rádio produziu e apresentou quadros como "Um clube e sua história", no qual contava histórias sobre grandes e pequenos clubes do mundo. Foi repórter responsável pela página de basquete do porta iG - Internet Group e estagiário de produção e edição do Arena Sportv.
Esse post foi publicado em Pan-Americano. Bookmark o link permanente.

Uma resposta para Seleção Sub-20 decepciona e sem vitórias é eliminada do Pan-Americano

  1. Assisti boa parte das partidas contra Argentina e Cuba e só tive paciência para assistir 45 minutos do duelo contra Costa Rica. Com raiva, não desperdicei meu tempo para assistir o segundo tempo da última apresentação desta sub-20 no Panamericano.

    Achei péssimas todas as apresentações, logicamente. Os dois laterais mostraram limitações demais, sobretudo o ”nosso” garoto, o são-paulino Henrique Miranda, que mostrou dificuldades para apoiar e defender, até pelo fato de ser um ”filé de borboleta”, como bem diria Vanderlei Luxemburgo. O lateral direito Mádson tem bom vigor físico e mais PERSONALIDADE que o Miranda, por isso era mais acionado para iniciar a saída de bola do setor defensivo, mas mostrou possuir técnica no máximo razoável e, quando subia, suas costas não eram adequadamente protegidas, fato que representava perigo para a seleção de Ney Franco.

    Misael, para mim, foi bem. Surpreendeu-me. Correu e brigou no meio-campo.

    O meia santista Felipe Anderson tem mais ”pose” para bater na bola que futebol objetivo e eficiente. Tenho a impressão de que ele se acha um jogador muito bom, mas a verdade é que não joga nem metade do pensa. Entendi o porquê de Muricy Ramalho já ter pego no pé desse rapaz.

    Lucas Patinho até que fez algo que justificasse alguns elogios que ele recebe de pessoas que conhecem o futebol de base, mas, assim como todos, ficou devendo.

    Henrique Caixeta é aquilo que vimos. Confesso que, quando o vi pela primeira vez, na Copa São Paulo 2009, esperava que brevemente fosse se firmar no profissional, desde que seguisse evoluindo. É certo que evoluiu, mas pouco, considerando a exigência para jogar entre os homens, que é bem diferente de atuar entre jovens de sua mesma faixa etária. Ele é baixo e não é um atacante que sabe trabalhar como pivô, pois não tem grande força física. Hoje, não tem condição de atuar em um clube da envergadura do São Paulo FC. Tê-lo como primeira alternativa no banco, para substituir Luís Fabiano, é triste. Não dá. Talvez daqui a alguns anos, com mais experiência e dedicação, possa se tornar um bom jogador, porém, no momento, sem chances.

Deixe um comentário